Réus acusados de assassinato de dois policiais em Dourados são absolvidos

Walmir e Sandra | Créditos: Divulgação/Cimi

O desfecho do julgamento dos indígenas Walmir Júnior Savala, 36 anos, e Sandra Arévalo Savala, 40 anos, acusados pelo assassinato de dois policiais civis e pela tentativa de homicídio de um terceiro servidor de segurança pública, foi proferido na noite de quarta-feira (28/2), em São Paulo (SP), com a absolvição de ambos das acusações de homicídios.

Sandra, no entanto, foi condenada a três anos por lesão corporal, sendo considerada inocente da acusação de tentativa de homicídio contra Emerson José Gadani, o sobrevivente do incidente que ocorreu em 1º de abril de 2006.

Na fatídica ocasião, Ronilson Magalhães Bartie e Rodrigo Lorenzatto foram brutalmente assassinados por um grupo de indígenas na área onde hoje está situada a Aldeia Passo Pirajú, no Porto Cambira.

Conforme apurado pelo Dourados News, Walmir foi absolvido por uma maioria estreita de 4 votos a 3 em relação à autoria do homicídio e à participação na tentativa de homicídio, enquanto Sandra foi inocentada do primeiro e condenada no segundo a uma pena de 3 anos, dois meses e 12 dias.

Embora a decisão da Justiça possa ser contestada por meio de recursos, o advogado Maurício Rasslan, representante das famílias das vítimas policiais, considerou tal ato como "perda de tempo".

Rasslan chegou até mesmo a abandonar a sessão virtual após o procurador federal, que estava do lado dos réus indígenas, alegar que estes haviam perpetrado um "ajuste de contas" contra os policiais civis.

O Caso

Em 1º de abril de 2006, Rodrigo Pereira Lorenzatto e Ronilson Bartie, ambos destacados no 1º Distrito Policial de Dourados, foram brutalmente assassinados durante uma emboscada na região do Porto Cambira. Outro policial, Emerson Gadani, sofreu ferimentos graves, mas conseguiu sobreviver ao ataque.

Na época, o delegado superintendente da Polícia Civil, Fernando Louzada, afirmou que o capitão Carlito de Oliveira, responsável pelo grupo estacionado na área do Porto Cambira, teria liderado a emboscada contra os policiais, no entanto, ele foi absolvido pela Justiça Federal em março de 2019.

Outros quatro indivíduos, Paulino Lopes, Jair Aquino Fernandes, Ezequiel Valensuela e Lindomar Brites de Oliveira, foram condenados a penas de prisão em regime semiaberto na mesma época.

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