Réu por corrupção troca defesa e insiste em delação rejeitada pelo MP

despachante David Clocky Hoffaman Chita | Créditos: Reprodução/Midiamax


O despachante David Clocky Hoffmann Chita trocou novamente de advogados antes de reafirmar a intenção de firmar acordo de delação premiada. Ele substituiu o advogado Vander Ricardo Gomes de Oliveira Almeida por Mateus Tomazini dos Santos e Lahis Barreto dos Santos, de Cascavel (PR), com atuação também em Brasília e experiência nos tribunais superiores.

No ano passado, o Ministério Público Estadual rejeitou proposta de colaboração apresentada por Chita durante o período eleitoral. Na ocasião, ele acusou o deputado federal Beto Pereira (PSDB), hoje pré-candidato a prefeito, de liderar uma organização criminosa e exigir R$ 1,2 milhão. As denúncias, sem comprovação, geraram desgaste político, e o parlamentar não avançou ao segundo turno. Beto nega envolvimento.

Foragido, Chita segue com prisão preventiva decretada pela juíza May Melke Penteado Amaral Siravegna, da 4ª Vara Criminal. No mês passado, seu advogado anterior confirmou à Justiça a intenção de apresentar nova proposta de delação, com supostas acusações contra autoridades e políticos do Estado.

Réu por roubo ocorrido em 2017, Chita também responde a outras ações penais, incluindo desvios no Detran-MS. Ele é acusado de envolvimento em uma tentativa de subtração de R$ 300 mil em propina supostamente recebida pelo corretor de gado José Ricardo Guitti Guímaro, o Polaco. O caso também envolvia o advogado Rodrigo Souza e Silva, filho do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que foi absolvido. O Ministério Público não recorreu da decisão.

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