Réu da Operação Sucessiva: Neno Razuk só será investigado na Alems mediante denúncia partidária

| Créditos: ALEMS/Assembleia Legislativa de MS

Na tarde desta quinta-feira (22), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), Gerson Claro (PP), esclareceu que o deputado estadual Neno Razuk (PL), reu na Operação Sucessione e apontou como líder de uma organização criminosa envolvida no jogo do bicho no Estado, só será alvo de investigação na Alems caso algum partido político faça uma denúncia formal.

De acordo com Claro, a Casa foi notificada pelo julgamento sobre o caso, mas até o momento não houve interferências de investigação por parte de nenhum partido político. Ele ressaltou que, conforme a legislação, é necessário que haja um pedido formal para que a Assembleia se manifeste. “Está na lei, qualquer partido político pode pedir e, se pedir, temos que apreciar”, afirmou.

Ainda segundo Claro, a Justiça informou aos Alemes que as acusações contra Neno Razuk não estão relacionadas ao exercício do seu mandato parlamentar. “A juíza informou que se trata de um crime comum, não relacionado ao mandato”, acrescentou.

Contexto da Operação Sucessiva

A denúncia contra Neno Razuk e outros envolvidos com o jogo do bicho em Mato Grosso do Sul foi apresentada em dezembro de 2023 e recebida pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, em fevereiro do ano seguinte .

O deputado estadual é indicado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) como o novo líder do jogo do bicho na região. As acusações incluem a sua suposta participação em organização criminosa envolvida em diversos crimes, como roubo, exploração de jogos de azar e corrupção.

Detalhes da Denúncia e Atuação da Organização Criminosa

A denúncia da Operação Sucessão descreveu Neno Razuk como líder de uma organização criminosa dedicada a diversos crimes, incluindo roubo majorado, exploração de jogos de azar e corrupção. Segundo os relatos, o grupo se reunia regularmente em uma casa adquirida pelo deputado para planejar suas atividades ilícitas, como roubos de malotes de dinheiro.

A investigação também revelou que a organização tinha ligações com policiais militares da reserva e ex-policiais militares, que contribuíram para a prática dos crimes, utilizando-se de sua condição e da porta de arma de fogo para importar sua autoridade no submundo do jogo do jogo. bicho em Campo Grande.

Conclusão da Investigação e Próximos Passos

A operação resultou no indiciamento de 15 pessoas por integrarem uma organização criminosa armada, estruturada e com divisão de tarefas, voltada para a exploração ilegal do jogo do bicho, roubo, corrupção e outros crimes graves. O deputado Neno Razuk foi alvo de um mandato de busca e apreensão durante a operação, enquanto quatro de seus assessores foram presos.

Diante dos desdobramentos da Operação Sucessão, permanece a possibilidade de investigações na Alems caso algum partido político apresente uma denúncia formal contra Neno Razuk, enquanto a justiça segue seu curso em relação aos demais envolvidos no caso.

Compartilhe: