Reinaldo admite ida ao PL e pode disputar Senado com apoio de Bolsonaro em 2026
- porRedação
- 28 de Junho / 2025
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Reinaldo Azambuja, ex-governador de Mato Grosso do Sul, sinaliza a possibilidade de deixar o PSDB e ingressar no PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. O movimento estratégico visa fortalecer sua candidatura ao Senado em 2026, aproveitando a influência bolsonarista no estado, onde Bolsonaro lidera pesquisas mesmo inelegível.
Com trajetória política extensa — incluindo mandatos como governador, deputado federal, estadual e prefeito de Maracaju —, Azambuja vem articulando sua campanha desde que deixou o Palácio dos Estados, em 2022. A aproximação com Bolsonaro ganhou força após o ex-presidente apoiar o tucano Beto Pereira na disputa pela prefeitura de Campo Grande em 2024, com o PL financiando candidatos do PSDB naquele pleito.
Embora evitasse assumir publicamente a mudança de partido, Azambuja admitiu em entrevista ao Campo Grande News que há "grande chance" de migrar ainda em 2024, dependendo de acertos políticos. A possível adesão ao PL não seria isolada: deputados estaduais Mara Caseiro e Zé Teixeira, além do federal Beto Pereira, podem acompanhá-lo, buscando capitalizar eleitorado bolsonarista e fragmentar a direita.
Bolsonaro, por sua vez, enxerga na filiação de Azambuja uma oportunidade para ampliar sua bancada no Senado, objetivo central de sua estratégia nacional. O plano inclui eleger aliados para viabilizar ações como impeachment de ministros do STF.
Caso concretizada, a mudança de Azambuja pode concentrar as ambições da direita em sua candidatura, dificultando a disputa de nomes como a vice-prefeita de Dourados, Giani Nogueira (PL), esposa do prefeito Rodolfo Nogueira e defendida por Bolsonaro. No entanto, o ex-presidente já demonstrou flexibilidade em alianças: em 2024, apoiou múltiplos pré-candidatos em Campo Grande antes de fechar com Beto Pereira.
Além de Giani, outras opções na direita incluem Capitão Contar (PRTB), Nelsinho Trad — que busca um partido mais alinhado ao bolsonarismo — e o presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP), que busca apoio de Tereza Cristina. A definição deve refletir os cálculos eleitorais de Bolsonaro, conhecido por revisar posições conforme o cenário.