Proposta de pecuaristas de MS sobre “Vale Carne” para beneficiários do Bolsa Família aguarda resposta do governo
- porRedação
- 06 de Março / 2024
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Carne bovina | Créditos: Reprodução/ Notícias Agrícolas
Após sete meses desde sua apresentação, pecuaristas de Mato Grosso do Sul estão intensificando a pressão por uma decisão sobre a ideia encaminhada ao governo federal: a criação do "vale carne". Em agosto do ano passado, eles entregaram ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a proposta de implementação do "Programa Carne no Prato".
Diante da queda no consumo e dos preços em baixa da arroba do boi, essa iniciativa foi concebida pelo setor como uma estratégia para sua recuperação.
A proposta prevê subsidiar até um quilo e meio de carne por mês para as famílias, com um valor aproximado de R$ 35, destinado inicialmente às famílias inscritas no CadÚnico e já beneficiadas pelo Bolsa Família. Com o vale depositado em suas contas, os beneficiários poderiam adquirir carne em açougues ou supermercados parceiros.
Segundo o ministro Paulo Teixeira, o projeto ainda está em análise pela Casa Civil e pelo Ministério do Desenvolvimento Social. A intenção é movimentar o mercado com o abate de aproximadamente 2,3 milhões de cabeças de gado por ano, resultando em 475 mil toneladas de carne bovina, quase três vezes mais do que as 174 mil toneladas que Mato Grosso do Sul exporta anualmente. Essa produção seria suficiente para distribuir vouchers a 19,5 milhões de pessoas.
De acordo com informações do jornal Estadão, a reunião realizada em 2023 contou com a presença do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, e do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, filho de José Carlos Bumlai, conhecido por sua amizade com o ex-presidente Lula e por seu envolvimento em casos relacionados à Operação Lava Jato.