Professores da UFMS mantêm atividades de avaliação no início da greve

UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul | Créditos: REPRODUÇÃO/UFMS

O movimento de greve dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande teve início hoje (2), com parte dos docentes que aderiram à greve permanecendo em salas de aula apenas para aplicar provas e avaliar trabalhos apresentados, com o objetivo de resolver pendências antes da paralisação total.

Conforme apurado pela reportagem nesta manhã, a maioria dos professores não está seguindo suas rotinas acadêmicas. Alunos de diversos cursos, como Nutrição, Arquitetura e Urbanismo, e Farmácia, foram os que mais circularam pelos corredores da universidade para participar de avaliações ou se preparar para elas.

Alguns alunos, como Eduarda Siqueira, 18 anos, do curso de Farmácia, já estavam cientes desde a semana anterior sobre quais professores entrariam em greve e quais não. A maioria dos docentes, segundo ela, planeja interromper suas atividades.

Eduarda e Isabelly Mayhume, 19 anos, estudante de Nutrição, expressaram apoio à greve, embora reconheçam que isso pode atrasar estágios obrigatórios e a formatura. "A greve levanta reivindicações legítimas. Tanto os docentes quanto os funcionários administrativos têm o direito de buscar seus interesses, então é justo que parem", afirmou Isabelly.

Em relação ao calendário acadêmico, a reitoria da UFMS divulgou em seu site oficial que não pretende suspender as atividades. No entanto, essa decisão pode ser revista posteriormente pelo Conselho Universitário, do qual o reitor Marcelo Turine faz parte. Até o momento, não houve uma definição conjunta sobre esse assunto.

Victor Hugo de Lima, 18 anos, estudante de Arquitetura e Urbanismo, é outro aluno que foi à UFMS hoje para concluir provas e trabalhos que estavam pendentes. Ele está matriculado em nove disciplinas neste semestre, mas apenas três dos professores optaram por aguardar atualizações sobre o calendário acadêmico.

A quantidade exata de professores que aderiram à greve ainda não foi divulgada. A Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) informou que a reitoria solicitou uma lista nominal dos grevistas para atender a uma instrução normativa do Ministério da Economia. No entanto, a entidade pretende fornecer apenas o número total de grevistas para evitar possíveis represálias individuais.

A presidente da Adufms, Mariuza Guimarães, criticou o suposto monitoramento dos professores grevistas por parte da administração da UFMS. Ela afirmou que alguns diretores de unidades estariam solicitando os nomes dos grevistas e mencionando a substituição imediata dos coordenadores que aderirem à greve, o que considera inaceitável.

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