Processo de titulação evidencia relação entre fazendeira, ex-dirigente da Agraer e empresário.
- porRedação
- 09 de Maio / 2025
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| Créditos: DIVULGAÇÃO/PF
A Polícia Federal deflagrou a Operação Terra Nullius para apurar a possível relação entre a fazendeira Elizabeth Peron Coelho, o empresário Mário Maurício Vasquez Beltrão e o então diretor-presidente da Agraer, André Nogueira Borges, na tentativa de regularização da Fazenda Carandá Preto, em Aquidauana.
A Agraer emitiu um título de propriedade de 2.225 hectares no Pantanal em fevereiro de 2022, mas o cancelou quatro meses depois. A PF suspeita de fraude e grilagem de terras envolvendo documentos falsos, falsidade ideológica, associação criminosa e corrupção.
A área foi incluída em processo de regularização em 2020, com Mário Beltrão atuando como procurador técnico. O título foi concedido à empresa Reserva Legal Incorporação Ltda., cujo sócio-administrador é Beltrão.
A PF investiga se a emissão do título em nome da empresa visava ocultar o real beneficiário. A Agraer cancelou o título posteriormente, sob nova direção, sem detalhar o motivo. Elizabeth Peron Coelho já possui histórico de condenação por desmatamento e atuou em negociações de terras com o estado.
A Operação Terra Nullius apura um esquema de grilagem com manipulação de registros ambientais e ocupação de áreas da União, com Mário Beltrão sendo peça central na inserção de dados fraudulentos. André Borges assinou atos importantes ao lado dos investigados. Os citados não foram localizados para comentar o caso.
| Créditos: Reprodução
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