Preso líder de facção após confusão que resultou em morte por engano

| Créditos: Sidney Assis

Na tarde desta quarta-feira (17), a polícia prendeu um líder de facção criminosa identificado apenas como Coyote, de 31 anos, no estado do Mato Grosso. O indivíduo, natural de Sonora, cidade localizada a 362 quilômetros de Campo Grande, teve seu sogro assassinado em seu lugar durante um confronto entre organizações criminosas, ocorrido no dia 28 de fevereiro deste ano.

A captura de Coyote ocorreu durante a operação "Divisa", conduzida pela Delegacia de Sonora com o apoio de equipes do Garras (Delegacia Especializada na Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), além da Polícia Civil do Mato Grosso.

Segundo informações da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Coyote é investigado por integrar o Comando Vermelho, facção oriunda do Rio de Janeiro que possui membros na região sul-mato-grossense. Ele é apontado como líder da organização em Sonora, responsável por recrutar novos membros e coordenar atividades criminosas.

No episódio do dia 28 de fevereiro, Coyote escapou de um ataque perpetrado por membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção rival ao Comando Vermelho, após perceber a presença dos atiradores. Como resultado, seu sogro, Juvenal Santos Silva, 62 anos, foi executado no lugar dele.

Coyote estava sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica, mas conseguiu fugir para o Mato Grosso, onde foi detido nesta terça-feira. Ele possuía mandado de prisão em aberto por liderar a organização criminosa.

O assassinato de Juvenal Santos Silva foi um caso de identidade trocada durante um ataque em uma residência no bairro Jardim dos Estados, em Sonora, por volta das 19h30 do referido dia. Os atiradores confundiram Juvenal com Coyote, que conseguiu escapar, e dispararam contra o idoso, resultando em sua morte.

A operação "Divisa" tem como objetivo retirar de circulação indivíduos ligados a facções criminosas envolvidas em conflitos na região, que já resultaram na morte, por engano, de outras quatro pessoas.

Além do caso de Juvenal Santos Silva, entre as vítimas fatais por engano, está Tiago Valdecir Sandrin, de 37 anos, proprietário de uma lanchonete e pizzaria, morto a tiros de pistola 9 milímetros enquanto trabalhava em seu estabelecimento. João Vitor Oliveira de Souza, 21 anos, e o professor de futebol Jair Ferreira Jara, 49 anos, também foram assassinados em um ginásio poliesportivo da cidade durante a mesma onda de violência. A quinta vítima foi Sabrina Machado, de 18 anos, atingida por um tiro enquanto trabalhava na boate Top Dance. Todos esses homicídios estão ligados ao conflito entre facções criminosas.

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