O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Papy (PSDB), defendeu a criação de um fundo municipal com repasses mensais fixos para o transporte coletivo da Capital. A proposta foi apresentada após reunião da CPI que investiga falhas no serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus.

Segundo Papy, o objetivo é garantir recursos permanentes, independentemente da gestão municipal. "Com dinheiro vinculado, o fundo assegura investimentos contínuos, sem depender da vontade do prefeito da vez", disse. Ele sugeriu articulações com o Governo do Estado, União e bancada federal para viabilizar o aporte.

O fundo, conforme o vereador, teria recursos “carimbados” para obras em terminais, pontos de ônibus, faixas exclusivas e renovação da frota. Embora não integre a CPI, Papy participou da reunião do grupo nesta segunda-feira (23) e destacou que a medida pode ser uma saída prática para os problemas enfrentados pelo sistema.

Ao citar o caso da CCR na concessão da BR-163, Papy comparou a lógica do transporte rodoviário à do coletivo urbano: uma parte da tarifa cobre a operação, outra, os investimentos. “A prefeitura, com o caixa atual, não consegue investir sozinha”, alertou.

O vereador também defendeu mudanças na legislação da Agereg, agência reguladora responsável pela fiscalização, como parte do esforço para exigir maior cumprimento de obrigações pelo Consórcio.