Um grupo de mulheres pré-candidatas a vereadoras em Campo Grande, filiadas ao PDT e integrantes da Ação das Mulheres Trabalhistas (AMT), apresentou uma carta de repúdio contra a filiação do ex-prefeito Marquinhos Trad ao partido. Elas expressam forte discordância com a imposição da entrada de Marquinhos no PDT, destacando sua conduta passada em desrespeito às mulheres.

Rose Farias, presidente da AMT, afirmou que nove mulheres do grupo estão dispostas a deixar o partido caso Marquinhos se filie para concorrer a vereador. A carta de repúdio, segundo elas, reflete o compromisso da AMT em defender os direitos das mulheres e repudiar qualquer forma de discriminação.

Em nota pública, a AMT de Mato Grosso do Sul destaca a indignação com a decisão do Diretório Nacional do PDT de aceitar a filiação de Marquinhos Trad, ressaltando que suas ações passadas representam uma afronta aos princípios da organização, que luta pela igualdade e valorização das mulheres.

Por outro lado, Marquinhos Trad enfrenta resistência dentro do PDT para sua filiação. O presidente municipal do partido e pré-candidato a prefeito, Lucas de Lima, também se posicionou contra a entrada de Marquinhos e considera desistir da candidatura em decorrência disso.

Com menos de dez dias para o término da janela partidária, Marquinhos enfrenta o desafio de contornar a crise e formar uma chapa de vereadores, uma vez que não encontrou apoio em outros partidos, como União Brasil e MDB. Sua filiação é vista como estratégica pela diretoria nacional do PDT, que espera que ele seja um puxador de votos, visando eleger três vereadores e revitalizar a legenda após a saída do deputado federal Dagoberto Nogueira.