Policial é demitido por desvio de arma de delegacia

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Na sequência de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), o policial civil Márcio André Molina Azevedo foi dispensado de suas funções. A decisão foi tomada após constatações de irregularidades durante sua atuação na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, situada a 313 quilômetros da capital Campo Grande. O ato de demissão, assinado pelo secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, foi oficializado por meio do Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (22).

Os eventos remetem a 2022, quando uma operação autorizada pelo Judiciário visava investigar André e outros agentes da polícia civil de Ponta Porã, sob suspeita de envolvimento em corrupção e tráfico de drogas. Durante essa ação, agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) encontraram, na residência do investigador, uma pistola calibre .40 que havia sido desviada da delegacia.

A arma em questão havia sido apreendida em 2014 e estava relacionada a um inquérito policial. Além da pistola, foram encontrados um revólver calibre 38 danificado, munições, carregadores e um cartucho de fuzil. Na ocasião, a defesa do policial argumentou, no pedido de relaxamento de prisão, que a pistola estava vinculada a um procedimento em curso na 2ª DP, mas alegou que ele a retirou da delegacia apenas como um empréstimo.

Vale destacar que o irmão de Márcio, o ex-subtenente Silvio César Molina Azevedo, também atuava na área policial e foi expulso da Polícia Militar em março do ano anterior. Silvio esteve sob os holofotes da Operação Laços de Família da Polícia Federal em 25 de junho de 2018. Em dezembro de 2022, ele foi condenado a uma pena de 61 anos, 11 meses e 21 dias de reclusão pelos crimes de tráfico de maconha e lavagem de dinheiro.

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