Polícia Federal pediu mas STJ negou prisão de conselheiro afastado do TCE-MS, em operação contra lavagem de dinheiro
- porRedação
- 13 de Julho / 2024
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| Créditos: Divulgação/TCE
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de prisão preventiva do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Waldir Neves Barbosa, solicitado pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Casa de Ouro. A operação, deflagrada na última quarta-feira (10), investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo conselheiros do TCE-MS.
Apesar de negar a prisão, o STJ autorizou buscas e apreensões em endereços de empresários supostamente ligados a Waldir Neves. O advogado do conselheiro, em entrevista ao Jornal Midiamax, afirmou que não houve mandados contra seu cliente e que ele não tem relação com os empresários investigados.
A Operação Casa de Ouro, terceira fase da Operação Mineração de Ouro, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Campo Grande. A ação contou com a participação da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).
PF investiga compra de imóvel de luxo com dinheiro em espécie
Além de Waldir Neves, a PF também solicitou a prisão preventiva de João Nercy Cunha Marques de Souza, ex-assessor do conselheiro. Segundo as investigações, João teria participado da compra de um imóvel de luxo por Waldir, que teria pago R$ 460 mil em espécie como primeira parcela. A PF suspeita que o dinheiro seja proveniente de atividades ilícitas e que a compra tenha sido uma forma de lavar dinheiro.
As investigações apontam que servidores do TCE-MS liberavam recursos ilícitos para empresas de fachada, que compravam imóveis de luxo em Campo Grande. O objetivo seria ocultar a origem do dinheiro e permitir que ele retornasse aos servidores.
O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, afirmou que a operação foi bem-sucedida e que haverá novos desdobramentos. O objetivo é identificar os recursos públicos desviados e responsabilizar os envolvidos.