PGR denuncia dois militares de MS por articulação golpista com Bolsonaro
- porRedação
- 19 de Fevereiro / 2025
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| Créditos: Reprodução/BBC News Brasil
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou dois militares ligados a Mato Grosso do Sul por integrarem a organização criminosa que, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), articulou um golpe de Estado em 2022. Um terceiro militar será alvo de ação penal separada.
A denúncia, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (18), acusa Bolsonaro e outras 33 pessoas pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Entre os denunciados, estão outros militares como Walter Braga Netto e Mauro Cid.
O coronel Bernardo Romão Corrêa, ex-comandante do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizada em Bela Vista (MS), é acusado de articular, com outros militares, uma reunião e a criação de uma carta para pressionar o comando do Exército a aderir ao plano de golpe de Estado de Bolsonaro.
O major Sérgio Ricardo Cavaliére de Medeiros, que já foi processado pela prefeitura de Campo Grande por dever IPTU, é apontado como participante da articulação do golpe. Em depoimento à Polícia Federal, ele confirmou que Bolsonaro tinha conhecimento e aprovado o plano golpista.
Um terceiro militar de MS, o general de brigada Laércio Vergílio, é citado no documento, mas será alvo de denúncia separada. Ele também é acusado de pressionar o comando do Exército a aderir ao golpe de Estado.
General de brigada Láercio Vergílio será alvo de denúncia a parte, de acordo com Gonet | Créditos: Arquivo/Campo Grande News
A denúncia do PGR detalha as ações dos militares de MS, incluindo a troca de mensagens e a organização de reuniões para discutir o plano de golpe. A carta, que seria utilizada para pressionar o comando do Exército, foi divulgada pelo jornalista Paulo Figueiredo.
A participação dos militares de MS no plano de golpe de Estado, revelada pela denúncia do PGR, é um dos elementos que demonstram a gravidade da tentativa de subversão da ordem democrática em 2022.