PF pediu prisão de suspeitos em esquema na Educação de MS, mas Justiça autorizou apenas buscas

| Créditos: Divulgação


A Polícia Federal solicitou a prisão preventiva de três investigados por suposto esquema de corrupção na Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), mas o pedido foi negado pela Justiça, que autorizou apenas mandados de busca e apreensão.

Os alvos da solicitação foram Leonardo Primo de Araújo, Édio Antônio Resende de Castro e Marcelo A. R. Segundo o inquérito, os três teriam praticado crimes com pena superior a quatro anos, como lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e corrupção, com risco de continuidade das ações ilícitas. A PF também destacou, no pedido, que a não prisão poderia gerar sensação de impunidade e descrédito na Justiça.

As buscas tiveram como objetivo apreender provas de fraudes em contratos da SED/MS com as empresas Agira Tecnologia e Multilaser, como cotações superfaturadas, registros de pagamento de propina, uso de laranjas e lavagem de dinheiro, além de equipamentos eletrônicos e documentos.

A investigação é um desdobramento das operações Mineração de Ouro e Terceirização de Ouro, após a PF encontrar, em endereços ligados a Leonardo Primo, indícios de fraudes nos contratos 33/2022 e 45/2022 da SED. De acordo com a PF, empresas com atas de preços em vigor eram indicadas por Leonardo e Marcelo ao então secretário-adjunto da Educação, Édio de Castro, e à coordenadora de contratos Andrea Lima. A partir dessas indicações, a secretaria formalizava contratações com orçamentos inflados, e parte dos valores pagos com recursos públicos seria repassada aos envolvidos.

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