Operação Sanctus: Justiça Federal torna réus “Irmãos Mendes” e mais 6 por tráfico internacional
- porRedação
- 04 de Abril / 2024
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| Créditos: DIVULGAÇÃO/PF
A decisão proferida pela 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande representa um novo capítulo na saga da Operação Sanctus, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro passado com o objetivo de desarticular uma rede internacional de tráfico de cocaína. O Ministério Público Federal apresentou denúncia contra oito indivíduos envolvidos no esquema, agora transformados em réus pelo aceite do juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini.
Entre os acusados, estão em destaque os irmãos Hermógenes Aparecido Mendes Filho, 49 anos, e Ronaldo Mendes Nunes, 40 anos, conhecidos empresários com investimentos em fazendas, empresas de transporte e restaurantes espalhados por Dourados, Ponta Porã e Mato Grosso.
O magistrado acatou as acusações contra oito dos nove denunciados pelo MPF, excluindo apenas Heitor de Oliveira Buss, conhecido como "Techa", detido com 160 quilos de cocaína durante a operação em Maricá (RJ).
Os outros seis réus são identificados como Wuillhan Rojas, apelidado de "Zóio", capataz das fazendas vinculadas a Aparecido; a advogada Cristiane Maran Milgarefe da Costa, ligada a Aparecido; Markus Verissimo de Souza; Luan Yamashita Gonçalves; Jair Marques Neto; e o contador douradense Eduardo Faustino dos Santos.
Segundo a denúncia, os irmãos Aparecido e Ronaldo lideravam a organização criminosa, com Aparecido responsável pela logística do tráfico e pela lavagem de dinheiro, enquanto Ronaldo utilizava suas empresas para reintegrar os lucros ilícitos ao mercado formal. Cristiane desempenhava um papel crucial na movimentação financeira, enquanto os demais réus tinham funções específicas na estrutura do esquema.
O juiz federal rejeitou as acusações de tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico em relação aos eventos ocorridos no Rio de Janeiro, determinando que tais casos fossem tratados separadamente, devido à inexistência de conexões entre os processos.
Com a aceitação da denúncia, os réus enfrentarão as acusações de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Aparecido Mendes, Ronaldo Mendes Nunes, Wuillhan Rojas e Jair Marques Neto permanecem detidos, enquanto Cristiane cumpre prisão domiciliar e Ronaldo Mendes está foragido. Os demais aguardam o desenrolar do processo em liberdade.