“O dia em que vesti a educação”
- porPor Alcina Reis
- 06 de Fevereiro / 2025
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| Créditos: Divulgação/Assessoria
Era uma tarde chuvosa de fevereiro, daquelas em que as nuvens parecem ter decidido estacionar no céu sem qualquer pressa de partir, acompanhei a prefeita Adriane Lopes em uma visita aos bastidores da educação de Campo Grande.
No pátio da Secretaria Municipal de Educação, entre caixas e pilhas de camisetas, calças e shorts dobrados, a prefeita Adriane Lopes inspecionava os uniformes escolares.
Quem diria que uma peça de roupa carregaria tanto significado? Eram camisetas bem costuradas, bermudas resistentes, agasalhos para o frio que um dia há de chegar.
Ao lado dela, o secretário Lucas Bitencourt com a paixão pela educação pulsando em suas palavras, antes alvo de críticas infundadas, mostrou-se um líder competente e comprometido, uma grata surpresa que calou as más línguas da capital com apoio de uma equipe enxuta, mas cheia de entusiasmo.
Entre eles, professoras e diretoras concursados que, longe das salas de aula, agora desenhavam os bastidores da educação municipal. O que mais impressionava não era apenas a qualidade do material, mas a seriedade com que cada detalhe era examinado, como se estivessem escolhendo trajes para uma grande estreia. E, de certa forma, estavam mesmo: a volta às aulas, o retorno de mais de 110 mil alunos às carteiras da Rede Municipal de Ensino.
No canto do pátio, um outro cenário chamava atenção: brinquedos velhos e desgastados, encostados em um canto, esperando o leilão. De algum modo, pareciam metáforas de um ciclo que se encerrava para que outro pudesse começar.
Entre pranchetas e anotações, Adriane falava sobre a importância dos kits escolares. Lápis de cor, borrachas, cadernos, tudo pronto para abastecer o aprendizado. O esforço não era só para que os materiais chegassem às mãos dos estudantes no primeiro dia de aula, mas para que chegassem com dignidade.
E, como se a educação fosse um grande organismo em funcionamento, outras engrenagens já estavam em movimento: escolas sendo limpas, merenda sendo distribuída, nutricionistas planejando cardápios. Lá fora, a Guarda Civil Metropolitana se organizava para garantir a segurança nos horários de entrada e saída das crianças.
Ao final da vistoria, uma certeza: havia zelo, havia compromisso. E, acima de tudo, havia o entendimento de que a educação não começa no primeiro dia de aula, mas muito antes, em cada detalhe pensado para acolher, ensinar e transformar.
A cidade pode ser grande, mas a missão de educar sempre será ainda maior.
Por Alcina Reis