Governo debate concessão da hidrovia do rio Paraguai em audiência pública

A primeira audiência pública sobre a concessão da hidrovia do rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul, foi realizada nesta quinta-feira (6). O debate abordou monitoramento, impactos ambientais e volume de cargas no trecho que poderá ser gerenciado pela iniciativa privada.

A Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) apresentou o projeto, que prevê um Centro Operacional para monitoramento da navegação e visa garantir previsibilidade em períodos de seca e cheia. Em 2024, a navegação foi suspensa devido à seca histórica no Pantanal.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Serafim Costa Filho, afirmou que a concessão servirá como modelo para outros projetos e que o leilão deverá ocorrer em 2025. O estudo de previsões aponta que dragagens e derrocagens serão essenciais para a navegação, mas há preocupações ambientais, especialmente diante das mudanças climáticas.

A ANTAQ destacou que, atualmente, não há exigência de licença ambiental para transporte de cargas pela hidrovia, o que deve mudar com a concessão. A entidade SOS Pantanal questionou os impactos das obras e sugeriu estudos mais detalhados.

O secretário municipal de Desenvolvimento de Corumbá, Odilon Neves, defendeu a concessão como forma de benefícios para a economia local.

Contribuições ao projeto podem ser enviadas até 23 de fevereiro de 2025 pelo site da ANTAQ.

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