O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no tratamento de chorume no aterro sanitário de Dourados. A investigação teve início após denúncia do Instituto Plenus, que apontou falhas na gestão de resíduos e possível descarte inadequado do líquido poluente.

A empresa responsável pelo serviço, Financial Construtora Industrial Ltda., alegou cumprir as normas legais e realizar a recirculação do chorume em lagoas de tratamento. No entanto, o MP considerou as informações insuficientes e destacou que a licença ambiental está próxima do vencimento, cuja renovação, segundo a empresa, é de responsabilidade da Prefeitura.

O Imasul foi acionado para vistoria, mas solicitou mais 60 dias para concluir a análise. Com o fim do prazo preliminar, o MP instaurou o Inquérito Civil nº 06.2025.00000606-6, incluindo como investigados o Município de Dourados e a empresa concessionária.

O diretor-presidente do Instituto Municipal de Meio Ambiente, Fabio Luis da Silva, afirmou que a renovação da licença está em andamento e será concluída dentro do prazo. Ele também ressaltou que Dourados não possui lixões e que o aterro da cidade foi o primeiro do Estado. Segundo ele, as lagoas de tratamento têm vida útil estimada em 30 anos, com ampliação conforme a abertura de novas trincheiras. Atualmente, o local conta com cinco a sete lagoas ativas.