MPE e vítimas recorrem contra absolvição de Marquinhos Trad por assédio sexual

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O Ministério Público Estadual e duas das vítimas recorreram da decisão que absolveu sumariamente o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PDT), das acusações de assédio sexual. O advogado das vítimas, Ronaldo Franco, alega que há indícios suficientes para que o processo continue e que Trad seja julgado pelos crimes de importunação sexual e exploração sexual.

O recurso será analisado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, sob relatoria do desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva.

Originalmente, Marquinhos Trad foi acusado de assédio sexual por sete mulheres. O Ministério Público o denunciou juntamente com o empresário André Luiz dos Santos, conhecido como "André Patrola". Após uma série de recursos, o Tribunal de Justiça e o Superior Tribunal de Justiça determinaram o arquivamento da denúncia contra Marquinhos em relação a cinco das sete supostas vítimas.

A juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, absolveu sumariamente o ex-prefeito dos crimes de favorecimento à prostituição e importunação sexual de duas mulheres. A sentença foi publicada no dia 7 de agosto.

As vítimas, representadas por um novo advogado, recorreram da decisão. O advogado Ronaldo Franco argumenta que há indícios suficientes nos autos para que o processo continue e que a juíza não afirmou que as relações sexuais entre o ex-prefeito e as vítimas não ocorreram.

O Ministério Público já apresentou seus argumentos para o recurso, e a defesa de Marquinhos Trad deve fazer o mesmo nos próximos dias. Após a apresentação da defesa, o processo será analisado pela turma do Tribunal de Justiça.

Marquinhos Trad alega que as acusações são uma armação política para prejudicá-lo na campanha a governador em 2022. Ele afirma estar reunindo provas e pretende levar o caso para ser investigado pela Polícia Federal.

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