José Roberto de Souza, o policial reformado que disparou fatalmente contra o empresário Antonio Caetano de Carvalho durante uma audiência de conciliação no Procon-MS, em fevereiro do ano passado, faleceu nesta sexta-feira (19). A causa do óbito foi falência múltipla dos órgãos, decorrente de complicações de um problema renal crônico diagnosticado.

O advogado José Roberto da Rosa, representante legal de Souza, expressou sua decepção com o desfecho. "É uma decepção enquanto advogado, e esta conta, esta conta sobre a morte desse homem, ela é exclusivamente debitada ao Poder Judiciário", declarou em uma entrevista coletiva.

Rosa destacou ter realizado diversas petições buscando tratamento médico para seu cliente, todas supostamente ignoradas pelo sistema judiciário. Segundo o advogado, os pedidos foram rejeitados com base na alegação de falta de provas da doença de Souza.

Ele também criticou a decisão do Tribunal de Justiça de transferir Souza do Presídio Militar para uma instalação carcerária comum para atendimento no centro de triagem, mesmo considerando sua condição de policial militar reformado.

"Semana passada, nós estivemos no presídio fazendo uma visita para ele e ele pedia socorro. Todos os pedidos rechaçados pelo juiz da 2° Vara do Tribunal do Júri. Talvez agora, com a certidão de óbito, a gente consiga provar que o nosso cliente estava doente", acrescentou o advogado.