Ministros do governo Lula, incluindo Simone Tebet, acumulam cargos em conselhos de estatais e empresas com participação da União, gerando renda extra. A prática, que beneficia 15 ministros, pode elevar os ganhos mensais em até R$ 80 mil.

Um levantamento do jornal O Estado de S. Paulo revelou que secretários-executivos, chefes de gabinete, assessores do Planalto, dirigentes do PT, ex-parlamentares e aliados do Congresso também ocupam esses cargos. A remuneração é paga pela participação em reuniões periódicas.   

Tebet foi nomeada conselheira fiscal da Elo Serviços S.A., onde a Caixa Econômica Federal possui 33,335% de participação. Seu salário como ministra é de R$ 46.366,19 brutos, com R$ 45.425,85 líquidos, segundo o Portal da Transparência. Os ganhos como conselheira não foram divulgados.

O Planalto justifica as nomeações com base na Lei das Estatais e na avaliação de comitês de elegibilidade das empresas.   

No Ministério do Orçamento e Planejamento, a situação é instável. Dos seis auxiliares de "alto escalão" nomeados por Tebet, apenas o secretário-executivo, Gustavo Guimarães, permanece no cargo. Os demais secretários já deixaram seus postos, com a saída mais recente de Sérgio Firpo.