Ministério propõe gestão compartilhada e atendimento gravado na Casa da Mulher Brasileira
- porRedação
- 18 de Fevereiro / 2025
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Casa da Mulher Brasileira | Créditos: CG Notícias
O Ministério das Mulheres pretende implementar mudanças na gestão e no atendimento da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande. A decisão ocorre após reuniões na capital, incluindo a presença da ministra Cida Gonçalves nesta terça-feira (18), e após a divulgação de áudios da jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio, questionando o atendimento no local.
Entre as medidas anunciadas, está a informatização da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para permitir a gravação dos atendimentos, além da qualificação da equipe. O ministério também propõe que a gestão da Casa passe a ser compartilhada entre estado e município, atualmente sob responsabilidade exclusiva da Prefeitura.
A unidade de Campo Grande será a primeira a testar o sistema UNA Casa da Mulher Brasileira, previsto para março. O sistema nacional padronizará e organizará os dados dos atendimentos em todas as unidades do país.
Além disso, Mato Grosso do Sul irá apoiar o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) da Ligue 180, agilizando o encaminhamento de denúncias. O estado se juntou a outros nove que já aderiram ao acordo.
Durante a agenda, a ministra Cida Gonçalves reforçou a necessidade de integrar os serviços e aprimorar o atendimento para evitar novos casos como o de Vanessa. Ela se reuniu com autoridades do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e com a prefeita Adriane Lopes.
A Casa da Mulher Brasileira faz parte do Programa Mulher Viver sem Violência e é referência no atendimento a mulheres em situação de violência. Desde 2015, a unidade de Campo Grande registrou mais de 1,6 milhão de atendimentos psicossociais e 80 mil boletins de ocorrência, além de 63 mil medidas protetivas.