O governo de Minas Gerais confirmou nesta terça-feira (27) um caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um cisne negro silvestre, encontrado em um sítio em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em resposta, foi decretada situação de emergência sanitária animal por 90 dias em todo o estado.

Segundo a Secretaria de Agricultura, dois gansos também apresentaram suspeita da doença no mesmo local, mas não houve confirmação. As aves são ornamentais e não pertencem a criações comerciais. A presença do vírus foi confirmada por exames laboratoriais, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A medida emergencial visa agilizar ações para conter a disseminação do vírus, com mobilização de recursos técnicos, humanos e financeiros. A gripe aviária não representa risco à saúde humana pelo consumo de carne ou ovos, mas pode provocar mortes de aves e afetar a produção agropecuária.

Minas é o segundo maior produtor de ovos e o quinto em criação de galináceos no país. Apesar de o caso não envolver granja comercial, as autoridades alertam para a necessidade de medidas preventivas, dada a relevância econômica do setor.

A prefeitura de Mateus Leme afirmou que todas as ações de controle estão sendo adotadas e que não há motivo para alarme. A cidade está a cerca de 20 km de Pará de Minas, um dos principais polos avícolas do estado.

O Brasil já registrou 169 casos de gripe aviária, a maioria em aves silvestres ou ornamentais. Apenas um ocorreu em granja comercial, no município de Montenegro (RS). Além do caso confirmado em Minas, o Mapa apura outras 11 suspeitas em diferentes regiões.