Médico é condenado por negligência, esqueceu pinça na paciente durante procedimento em Costa Rica

Paciente descobriu pinça | Créditos: Reprodução TJMS

O médico Marcelino Campos Costa foi considerado culpado por negligência médica após esquecer uma pinça dentro do corpo de um paciente durante uma cirurgia realizada na Costa Rica, no ano de 2006. A decisão, proferida pelo juiz Francisco Soliman da 1ª Vara da Costa Rica, também responsabilizou a Clínica Santa Rita, onde o procedimento ocorreu.

De acordo com os autos do processo, um paciente procurou inicialmente a Clínica Santa Rita para a remoção da vesícula abdominal. Contudo, durante o procedimento, o médico réu descobriu a presença de um cisto no ovário do paciente, optando por sua remoção também. Posteriormente, o paciente passou por uma série de complicações, incluindo infecção, febre, dores, ruptura dos pontos e vazamento de fluidos, resultando em deformidades na região operada.

Meses após o ocorrido, o paciente foi submetido a uma segunda cirurgia no Hospital El Kadri, realizada por outro médico, para corrigir as deformidades resultantes da operação anterior. No entanto, complicações as respiratórias que levaram a uma internação na UTI por dez dias.

Posteriormente, a lesão passou a relatar desconforto na bacia e nas costas, tendo a sensação de que algo estava perfurando. Em setembro de 2007, exames de radiografia identificaram a presença de uma pinça na região pélvica direita, exigindo uma nova intervenção cirúrgica para sua remoção.

O caso foi levado aos tribunais, com base em laudos periciais e investigações do Conselho Regional de Medicina. O juiz Francisco Soliman, da 1ª Vara da Costa Rica, concluiu que o médico Marcelino foi negligente ao deixar uma pinça no corpo da vítima.

Como resultado das especificações, Marcelino Campos e a Clínica Santa Rita foram ordenados a pagar R$ 40 mil por danos morais e R$ 25 mil por danos estéticos ao paciente.

Em sua defesa, o médico admitiu os procedimentos realizados no paciente, argumentando que ela não sofreu complicações graves após as intervenções e que múltiplos exames de imagem não identificaram a presença de corpos estranhos em seu organismo.

A decisão ainda pode ser objeto de recurso. O espaço está aberto para manifestação das partes envolvidas.

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