Justiça nega pedido de despachante foragido para transferir julgamento de fraude no Detran-MS
- porRedação
- 14 de Maio / 2025
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despachante David Clocky Hoffaman Chita | Créditos: Reprodução/Midiamax
A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou o pedido da defesa do despachante David Cloky Hoffaman Chita para transferir o julgamento de um dos processos contra ele para Rio Negro, a 187 km da capital. Chita é réu em ao menos três processos por fraudes no Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul).
O processo envolve a Operação Miríade, deflagrada pela Polícia Civil em 2023, que investiga um esquema de propinas para a liberação de veículos com restrições no sistema do Detran-MS. Além de Chita, a ação também tem como réus o servidor do Detran-MS Abner Aguiar Fabre, o ex-gerente da agência de Rio Negro Gênis Garcia Barbosa e o ex-servidor Eufrásio Ojeda.
A defesa de Chita argumentou que a Vara Única de Rio Negro já julga outro processo relacionado a fraudes semelhantes, mas a magistrada considerou que a conexão entre os casos não é suficiente para justificar a mudança de foro.
Gênis Barbosa está preso no Instituto Penal de Campo Grande, enquanto Chita está foragido desde junho de 2023, quando a polícia não conseguiu cumprir mandado de prisão preventiva contra ele. Recursos para revogar o mandado já foram negados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
As fraudes em Rio Negro, segundo o Ministério Público, teriam sido comandadas por Joaci Nonato Rezende, ex-prefeito do município e ex-gerente da agência local do Detran-MS, que teria liderado o esquema entre agosto de 2021 e fevereiro de 2023.