Mato Grosso do Sul registrou dez casos de feminicídio em 2025, com assassinatos que evidenciam a persistência da violência de gênero no estado. O primeiro caso do ano ocorreu no início de fevereiro, quando Karina Corin, de 29 anos, foi morta com um tiro na cabeça pelo ex-companheiro Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos.
Poucos dias depois, em 18 de fevereiro, Juliana Domingues, de 28 anos, foi assassinada a golpes de foice. Em 22 de fevereiro, Mirieli Santos, de 26 anos, foi morta a tiros, seguida por Emiliana Mendes, de 65 anos, esganada em 23 de fevereiro.
O segundo caso foi o de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos por Caio Nascimento, que já tinha histórico de violência doméstica.
No sétimo caso do ano, Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, sem sinais de defesa, o que indica um ataque inesperado.
O oitavo caso foi registrado em 17 de abril, quando Ivone Barbosa da Costa Nantes foi morta a golpes de faca na região da nuca pelo então namorado em um assentamento da zona rural de Sidrolândia, conhecido como Nazareth.
O nono caso envolveu Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, cujo corpo foi encontrado no Rio Aporé, em Cassilândia, na tarde de quarta-feira (14). O marido, de 43 anos, havia sido preso dois dias antes como principal suspeito do desaparecimento e possível assassinato da companheira.
A mais recente vítima, Simone da Silva, de 35 anos, foi morta a tiros na noite de quarta-feira (14), na frente dos próprios filhos. O suspeito, William Megaioli da Silva, de 22 anos, se entregou à polícia de Itaquiraí, a cerca de 405 quilômetros de Campo Grande, ainda com a arma do crime em mãos.
Apesar do número de casos ser inferior ao registrado em anos anteriores, a média atual representa duas mulheres assassinadas por mês, destacando a persistência desse problema social, mesmo com as ações de combate e prevenção promovidas pelas autoridades locais.
