Justiça nega liberdade a ex-coordenador da Apae preso por desvio de R$ 8 milhões
- porRedação
- 13 de Março / 2025
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Paulo Henrique Muleta Andrade | Créditos: Reprodução/Redes Sociais
Paulo Henrique Muleta de Andrade, ex-coordenador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), teve seu pedido de habeas corpus negado pela Justiça. A defesa, feita pelas advogadas Andréa Flores e Rejane Alves, havia impetrado o pedido após a prisão de Andrade na Operação Occulto, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) em 10 de junho.
Andrade é acusado de desviar R$ 8 milhões da Apae, utilizando empresas de fachada para simular vendas de produtos à rede pública de saúde desde 2021. As investigações apontam ainda para crimes de lavagem de dinheiro e obstrução de justiça, com tentativas de ocultação de bens e desvio de ordens judiciais de sequestro no valor de R$ 500 mil.
Na audiência de custódia, o juiz Valter Tadeu Carvalho determinou que o processo fosse remetido à 2ª Vara Criminal de Campo Grande, responsável pelo mandado de prisão. O magistrado justificou que não caberia a ele analisar a manutenção da prisão, uma vez que não se tratava de flagrante delito.
Ainda não há data prevista para o julgamento do habeas corpus. A Operação Occulto, que resultou na prisão de Andrade, refere-se às ações de ocultação dos recursos desviados e ao pedido de cidadania italiana feito por ele, o que levantou suspeitas de intenção de fuga do país. Esta é a segunda prisão de Andrade por desvio de dinheiro; a primeira ocorreu em dezembro de 2023, durante a Operação Turn Off.