Justiça do MT autoriza dieta especial para advogado preso por venda de sentenças
- porRedação
- 21 de Fevereiro / 2025
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Andreson está preso desde 26 de novembro, quando a PF (Polícia Federal) realizou no MT a operação Sisamnes, que é desdobramento da Ultima Ratio, que afastou cinco desembargadores da Justiça de MS | Créditos: Reprodução/Metrópoles
Preso desde novembro de 2024 em um estabelecimento penal de Cuiabá, no Mato Grosso, o advogado e empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, de 45 anos, obteve autorização da Justiça para ter uma dieta especial em seu regime carcerário.
Gonçalves é acusado de ser o elo de venda de sentenças em diversos tribunais do país. Sua prisão, realizada pela Polícia Federal em 26 de novembro no Mato Grosso, é parte de uma investigação que apura crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.
A defesa do advogado alegou que ele é paciente bariátrico e, por isso, necessita de uma alimentação específica. A Justiça do Mato Grosso acatou o pedido e autorizou o fornecimento de uma dieta especial, que inclui carne assada, salame, biscoito recheado, barras de cereais, isotônicos, achocolatado em pó, leite em pó, atum ou sardinha em lata, amendoim torrado ou castanhas, torradas, frutas secas, chocolate, geleias, mel, grão-de-bico, arroz batido, feijão amassado e água mineral.
Paralelamente, o advogado aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um pedido de transferência de presídio. Segundo a defesa, Gonçalves chegou a ter crises dentro da unidade carcerária devido à falta de alimentação adequada.
A autorização para a dieta especial foi concedida pela Justiça do Mato Grosso após a defesa do advogado apresentar laudos médicos que comprovam a necessidade de uma dieta específica para a condição de bariátrico do réu.
A decisão da Justiça tem gerado debates sobre a necessidade de garantir a saúde dos detentos, mesmo em casos de acusação de crimes graves.
A defesa de Gonçalves alega que a dieta especial é fundamental para a manutenção da saúde do advogado, que já teria apresentado problemas de saúde dentro do presídio.
A Justiça, ao conceder a autorização, considerou o direito à saúde do preso, previsto na Constituição Federal, e a necessidade de garantir o tratamento adequado para sua condição de bariátrico.
O caso de Gonçalves levanta discussões sobre os direitos dos presos e a importância de garantir o acesso à saúde e alimentação adequadas, mesmo para aqueles que respondem por crimes graves.