Juíza rejeita alegação de perseguição e mantém acusação contra grupo ligado ao jogo do bicho
- porRedação
- 16 de Fevereiro / 2024
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| Créditos: Reprodução processo
Na decisão proferida pela juíza May Melke do Amaral, da 4ª Vara Criminal, nesta quinta-feira (15), foi negado o pedido de não persecução penal apresentado pela defesa dos acusados da Operação Sucessione, relacionada ao jogo do bicho. A juíza ratificou a denúncia recebida pela Justiça em fevereiro do ano corrente, rejeitando as alegações de que estariam sendo alvo de perseguição.
A magistrada justificou sua decisão afirmando que os acusados não preenchem os requisitos para a proposta de acordo de não persecução penal. Ela ressaltou que os indivíduos em questão são suspeitos de integrar uma organização criminosa armada, envolvida nos crimes mencionados na denúncia. Além disso, a juíza destacou a presença de outras características incompatíveis com a aplicação desse acordo, como o uso de violência e ameaças graves, bem como a imputação de crimes com penas mínimas que superam quatro anos, considerando as circunstâncias do caso.
Em relação a um pedido de revogação da decisão que decretou a prisão preventiva de um dos acusados, a juíza optou por não considerá-lo, argumentando que se trata de um incidente processual que poderia prejudicar a celeridade do processo e causar tumulto.
Entre os acusados que tiveram o pedido de não persecução penal negado estão Diego de Sousa Nunes, um dos assessores do deputado estadual Neno Razuk, que não foi detido devido ao foro privilegiado, Mateus Aquino Junior, Valnir Queiroz Martinelli, o sargento Manoel José Ribeiro, Taygor Ivan Moretto Pelissari, e o major Gilberto Luiz do Santos, conhecido como 'Barba', que é apontado como colaborador nos roubos dos malotes do grupo rival no jogo do bicho em Campo Grande.
Neno Razuk, por sua vez, tornou-se réu por liderar o grupo, de acordo com a denúncia apresentada em dezembro de 2023. Ele e outros 14 indivíduos foram acusados de participação em atividades relacionadas ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul.
A denúncia da Operação Sucessione aponta Neno Razuk como o novo líder da organização criminosa envolvida em crimes como roubo majorado, exploração de jogos de azar e corrupção, entre outros.
Segundo as informações contidas na denúncia, Neno Razuk teria adquirido uma residência onde os membros da organização criminosa se reuniam regularmente para planejar suas ações, incluindo roubos contra concorrentes. Um dos veículos usados nos roubos, um Volkswagen Polo branco, foi alugado especificamente para esse propósito, resultando no roubo de três malotes, totalizando R$ 15 mil.
Os roubos tinham como objetivo principal atrair 'recolhes' e apontadores de São Paulo para o grupo de Neno Razuk, com ameaças sendo feitas aos membros do grupo rival. Os veículos utilizados nos roubos incluíam um Volkswagen Polo, um Fiat Pálio e um Hyundai HB20. A denúncia também destaca que o grupo oferecia incentivos financeiros, como comissões sobre os ganhos, para atrair novos membros.
A denúncia apresenta detalhes de reuniões realizadas pelo grupo para discutir estratégias, planos de contingência e disputas pelo controle do jogo do bicho, demonstrando um alto grau de organização e especialização na prática criminosa, que dificulta a detecção por métodos convencionais de investigação.
Com informações do Midiamax