Inquérito revela possíveis irregularidades ambientais em obra da Agesul, de R$ 24 milhões na MS-178

| Créditos: Divulgação/Agesul

Na manhã desta segunda-feira (11), o Diário do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) noticiou a abertura de um inquérito para investigar suspeitas de infração ambiental durante a execução da Rodovia MS-178. A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) está no centro das investigações.

Segundo informações contidas no inquérito, tornadas públicas, a Agesul pode ter deixado de cumprir algumas das condições estipuladas na licença para a pavimentação da rodovia, cuja obra teve início em 2018, sob a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Inicialmente orçada em R$ 9,5 milhões, os registros no Portal da Transparência indicam que o custo total da obra ultrapassou os R$ 24 milhões. No entanto, o contrato não está disponível para consulta pública.

O promotor Alexandre Estuqui Junior foi responsável por instaurar o inquérito, com o intuito de esclarecer quais medidas foram ou não cumpridas. Entre as exigências, está a apresentação pela Agesul de um novo plano de proteção da fauna e flora, incluindo detalhes sobre a instalação de redutores de velocidade e passagens para fauna silvestre.

Em janeiro de 2023, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) aplicou uma multa no valor de R$ 10 mil por infrações detectadas. Espera-se ainda que a Agesul apresente um projeto de compensação ecológica para mitigar eventuais danos ambientais causados pela obra.

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