Gilmar Alves Cotrin Junior, de 44 anos, foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão em regime fechado pela morte da ex-companheira, Valéria Carrilho da Silva, de 35. O crime ocorreu em 30 de julho de 2023, no bairro Jardim Esplanada, em Dourados, a 226 km de Campo Grande.

A sentença foi proferida nesta terça-feira (15) pelo juiz Ricardo da Mata Reis, no Tribunal do Júri do Fórum de Dourados.

Conforme a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o réu foi acusado de homicídio com três qualificadoras: motivo fútil, uso de fogo e feminicídio — este ainda enquadrado como qualificadora à época do crime.

Na ocasião, Gilmar jogou gasolina sobre Valéria e ateou fogo com um isqueiro. A vítima chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital da Vida, mas não resistiu.

Segundo a Polícia Civil, o acusado alegou que a discussão teve início após a ex-companheira não comparecer para buscar os filhos. Ele teria entrado de forma clandestina na casa da vítima, retirado combustível da motocicleta com uma mangueira e aguardado sua chegada.

De acordo com a perícia, Valéria sofreu queimaduras extensas no pescoço, rosto, tórax, mãos e outras partes do corpo. Gilmar foi preso em uma construção no centro de Dourados pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), que apontou premeditação no crime.

Durante a prisão, segundo a delegada Thais Bessa, o homem ainda teria feito ameaças à vítima, afirmando que a mataria caso fosse solto.