Governo monitora risco de aumento de importações após tarifaço dos EUA
- porRedação
- 12 de Abril / 2025
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Ilustrativa | Créditos: Reprodução/Notícias ao Minuto Brasil
O governo brasileiro, sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin, monitora com atenção o potencial impacto do aumento de tarifas pelos Estados Unidos sobre o fluxo de comércio internacional. A preocupação central é que produtos destinados ao mercado americano sejam desviados para o Brasil, gerando uma oferta excessiva de importados mais baratos e prejudicando a indústria nacional.
A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, durante evento Brasil-China, expressou a preocupação com o "risco de desvio de comércio para o Brasil", ecoando as declarações de Alckmin sobre o monitoramento de "mudanças significativas e atípicas nos fluxos de comércio".
O MDIC tem adotado cautela em suas avaliações oficiais diante do cenário tarifário internacional dinâmico. Na sexta-feira (11), Alckmin e o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, discutiram a relação comercial bilateral e as alterações tarifárias globais, defendendo o multilateralismo e o sistema de comércio baseado em regras da OMC.
Dados do MDIC revelam um crescimento significativo do comércio entre Brasil e China desde 1974. As importações chinesas pelo Brasil saltaram de US$ 2 milhões para US$ 64 bilhões, focadas em bens de capital e insumos industriais. Já as exportações brasileiras para a China evoluíram de US$ 19 milhões para US$ 94 bilhões, impulsionadas por commodities como soja, petróleo e minerais. Em 2024, a China foi a principal origem das importações em 16 estados brasileiros, evidenciando sua crescente influência no mercado nacional.
Fonte: CNN