Governador de MS critica aumento de impostos e apoia Tereza Cristina como candidata em 2026

| Créditos: Reprodução/Revista Veja


Em entrevista à revista Veja, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), manifestou discordância em relação ao recente aumento de impostos pelo governo federal, especialmente o reajuste do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Para ele, a solução para os desafios fiscais do país deve passar por reformas e controle de gastos, e não por elevação de tributos.

“O Brasil tem resolvido sua questão fiscal por meio de aumentos de impostos, mas não há mais espaço para isso. É preciso uma agenda de reformas e reestruturação de despesas”, afirmou Riedel.

O governo federal revisou parte dos ajustes no IOF, reduzindo algumas alíquotas. Por exemplo, a taxa sobre operações de crédito para empresas retornou a 0,38%, e a cobrança fixa de 0,95% sobre risco sacado foi eliminada, mantendo-se apenas a tarifa diária. Além disso, planos VGBL terão imposto de 5% apenas para valores acima de R$ 300 mil em 2025, subindo para R$ 600 mil em 2026.

Riedel destacou que Mato Grosso do Sul manteve a menor alíquota de ICMS do país (17%) mesmo após a reforma tributária, sem aumentar a carga tributária local. “Nosso foco é melhorar a qualidade do gasto público para não sobrecarregar o contribuinte”, explicou.

Apesar das críticas, o governador afirmou manter relação “positiva” com o governo federal, participando de eventos como o início das obras em aeroportos do estado, a assinatura de contratos do Minha Casa, Minha Vida e o fórum Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2050.

Sobre possíveis mudanças de partido, Riedel evitou confirmar, mas admitiu conversas com outras legendas, como Progressistas, MDB e Republicanos. Ele reforçou a necessidade de alianças para fortalecer o cenário político.

Quanto às eleições de 2026, o governador avaliou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seguirá como liderança da centro-direita, mesmo inelegível. Entre os possíveis candidatos, citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-ministra Tereza Cristina (Progressistas), elogiando sua qualificação para uma candidatura nacional.

“Tereza Cristina é um nome preparado e com contribuições relevantes ao país. Tem todas as condições para disputar uma eleição majoritária, seja como presidente ou vice”, concluiu.

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