O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), causou controvérsia ao sugerir, durante um evento público em 2 de maio, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores deveriam ser levados "para a vala". A declaração, feita na inauguração da Escola Estadual Nancy da Rocha Cardoso, em América Dourada, gerou imediata reação de Bolsonaro, que acusou o governador de incitar discurso de ódio.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, Jerônimo afirma: "Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta e quem votou nele também podia pagar. Bota uma retroescavadeira e leva tudo para a vala".

Bolsonaro, em resposta, criticou a fala como "discurso carregado de ódio" e questionou a ausência de ações institucionais, como inquéritos ou notas de repúdio, que, segundo ele, seriam imediatas caso a declaração tivesse sido feita por um apoiador seu. O ex-presidente também alertou para a normalização da violência política.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também se manifestou, acusando Jerônimo de adotar um discurso extremista.

Diante da repercussão, Jerônimo Rodrigues se retratou em 5 de maio, afirmando que suas palavras foram mal interpretadas e que não tinha intenção de desejar a morte de ninguém, reforçando sua posição contra a violência.