Giroto denuncia condições insalubres em presídio de MS e critica atuação do Judiciário
- porRedação
- 06 de Maio / 2025
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Após mais de três anos preso preventivamente no âmbito da Operação Lama Asfáltica, o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, fez críticas ao sistema penitenciário e ao Judiciário durante entrevista ao programa Cara a Cara com Squinelo, do TopMídiaNews.
Segundo Giroto, o período em reclusão foi marcado por más condições sanitárias e ausência de assistência médica. Ele relatou convivência com baratas, escorpiões, ratos e calor extremo. “Cinquenta graus de calor lá dentro”, afirmou, destacando também a dificuldade em obter itens básicos, como um ralo para o banheiro da cela.
De acordo com o ex-parlamentar, detentos que passavam mal aguardavam horas por atendimento médico. “Não tem quem recorrer”, disse. Ele também apontou falhas na ressocialização dos presos, afirmando que o sistema “não está preparado” para isso.
Giroto contou ter atuado como voluntário entre os detentos, distribuindo remédios e auxiliando os que estavam doentes. Disse ainda que a convivência no presídio é marcada por regras rígidas, aplicadas igualmente a todos.
Além das críticas às condições físicas, Giroto falou sobre o impacto psicológico da prisão, classificando-o como o mais difícil. Ele citou a impossibilidade de estar presente em momentos importantes com a família, como o nascimento do neto e o velório do pai.
O ex-deputado reafirmou sua inocência e questionou a atuação do juiz Bruno Teixeira, a quem acusou de parcialidade, além de criticar o ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal precisou intervir para garantir um julgamento isento.
Atualmente, Giroto afirma estar dedicado ao agronegócio e diz querer contribuir com o país por meio da experiência adquirida fora da política institucional.