Gaeco revela esquema de desvio em convênio da FFMS com o Governo envolvendo “cashback” de diárias de hotéis

| Créditos: Reprodução/Campo Grande News

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou o presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, e outras 11 pessoas por desvio de recursos públicos. O esquema envolvia o recebimento de "cashback" de hotéis em diárias pagas com dinheiro do convênio entre a FFMS e o Governo do Estado, por meio da Fundesporte.

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Segundo a denúncia, a FFMS pagava diárias em dobro para os times participantes do campeonato estadual, mas as equipes utilizavam apenas uma diária. A outra diária era devolvida em dinheiro para a federação, configurando peculato. O Gaeco estima que o desvio chegue a R$ 10 milhões.

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Interceptações telefônicas e diligências realizadas pelos investigadores confirmaram o esquema. Em alguns casos, os envolvidos falsificavam documentos para justificar os gastos inexistentes. Na sede da FFMS, foram encontrados 189 carimbos de hotéis e restaurantes, que eram utilizados para maquiar a prestação de contas à Fundesporte.

A denúncia aponta que o esquema era de conhecimento do presidente da FFMS e que ele teria dado aval para que seu sobrinho, Aparecido Alves Pereira, o Cido, atuasse no desvio das diárias. Além de peculato, os envolvidos foram denunciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado.

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A FFMS recebeu R$ 11,5 milhões em verbas públicas nos últimos 15 anos, sendo R$ 3,2 milhões nos últimos três anos. Apesar disso, a federação fechou 2023 com um déficit de R$ 218 mil e apenas R$ 23 mil em caixa.

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