A recente fusão entre o Patriota e o PTB, que culminou na criação do Partido Renovação Democrática (PRD), deixou três vereadores da capital em um impasse político sobre o destino de seus mandatos. Enquanto aguardam o período de "janela partidária", durante o qual poderá trocar de festa sem incorreto em preferências, eles permaneceram associados à nova legenda que agora abrigam suas cadeiras legislativas.

Desde que o ex-senador Delcídio do Amaral assumiu o comando do diretório do PRD em Mato Grosso do Sul, em meados de dezembro passado, os vereadores manifestaram uma falta de entrosamento com a direção partidária recém-formada.

Na Câmara Municipal de Campo Grande, os vereadores Eduardo Miranda e Sandro Benites, anteriormente filiados ao Patriota, já anunciaram sua intenção de deixar o PRD. Ambos estão avaliando convites de outras legendas enquanto permanecerem temporariamente vinculados ao partido resultante da fusão. Eduardo optou por não divulgar os partidos que está considerando, enquanto Sandro indicou que está inclinado a escolher entre PL, PP e Avante.

O único vereador eleito pelo PTB, Willian Maksoud, inicialmente indeciso sobre sua permanência no PRD, agora está analisando convites e também se desligará da nova legenda.

Na esfera estadual, o deputado estadual Lídio Lopes, anteriormente filiado ao Patriota, formalizou sua desfiliação do partido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) um dia antes do prazo final previsto, deixando-o sem filiação partidária. Segundo ele, sua permanência no PRD estaria condicionada a assumir uma posição de liderança na legenda.

Delcídio do Amaral antecipou uma possível saída em massa de parlamentares e prefeitos do Patriota, os quais, segundo Lídio Lopes, foram instruídos a aguardar o período de “janela partidária” para escolherem novas siglas.

Em sua posse, Delcídio destacou a intenção do PRD de estabelecer-se como um partido democrático, rompendo com a polarização política predominantemente e promovendo a elaboração de projetos em benefício dos cidadãos sul-mato-grossenses.

A "janela partidária" está programada para ocorrer entre 7 de março e 5 de abril, marcando o prazo final para filiações exigidas por lei para aqueles que planejam concorrer às eleições municipais de 2024. Após esse período, os mandatos dos vereadores, deputados e prefeitos que mudaram de partido continuarão condicionados à legenda que os elegeu até o término de seus mandatos em dezembro deste ano, embora possam buscar a reeleição por suas novas siglas, conforme previsto pela legislação vigente.

Com informações do Campo Grande News