Ficha Limpa ignorada: Procurados por atos de 8 de janeiro são candidatos e fazem campanha

Direli (esquerda), Henrique (direita superior) e Marcos (direita inferior) possuem mandados de prisão em aberto | Créditos: Reprodução/Redes Sociais

Ah, as eleições! Aquele momento em que as ruas se enchem de panfletos, jingles e promessas. Mas quem diria que, em 2024, três candidatos disputariam a atenção dos eleitores enquanto a Justiça ainda os procura? Pastor Dirlei, Marcos Patriota e o Locutor Henrique Pimenta, protagonistas não só de campanhas eleitorais, mas também de uma história com ares de filme policial, seguem nas ruas, microfone em mãos, em busca de votos. A ironia? Os três são procurados pela Justiça por sua suposta participação nos atos golpistas de janeiro de 2023.

Os mandados de prisão estão lá, bem claros, pendentes no sistema. A qualquer momento, um oficial de justiça poderia cruzar o caminho desses candidatos e, de surpresa, encerrar uma campanha antes mesmo das urnas se abrirem. Mas a lei tem suas peculiaridades: entre 21 de setembro e 8 de outubro, nenhum candidato pode ser preso, a menos que seja pego em flagrante. E assim, esses homens seguem firmes, pedindo votos, enquanto as vozes que pedem justiça ficam, por ora, em silêncio.

Dirlei, Henrique e Marcos são ainda inocentes perante a lei. Não foram julgados, apenas investigados. Então, mesmo com tornozeleiras rompidas, prisões preventivas e ordens de captura, lá estão eles, fazendo campanha como qualquer outro. Afinal, como dizia o velho ditado, "enquanto não se provar o contrário, somos todos inocentes". Ou será que, em tempos de eleições, o velho ditado ganha uma nova interpretação?

Mas no meio dessa dança entre política e justiça, quem perde? Talvez o eleitor, que ao ouvir as promessas de futuro, pode se perguntar: e se, ao fim da corrida, não for o voto que os leve embora, mas a Justiça?

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