A Asociación Paraguaya de Fútbol (APF) enviou, nesta quinta-feira (10), uma carta à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitando punição ao Palmeiras após episódio de racismo envolvendo um torcedor do clube paulista durante a partida contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, no Allianz Parque.

Segundo a entidade, houve incitação à violência antes da abertura dos portões do estádio e atos de racismo contra a torcida paraguaia durante o jogo. A APF afirma que tais comportamentos vão contra os valores do esporte e pediu "sanções severas e exemplares".

O Palmeiras identificou o torcedor responsável por gestos racistas com o uso de câmeras e sistema de biometria. O clube bloqueou o acesso do envolvido ao sistema de ingressos, o excluiu do programa de sócio-torcedor e abriu processo judicial para possível ressarcimento por eventuais prejuízos.

Além disso, um boletim de ocorrência foi registrado junto à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE). Em nota, o clube reafirmou sua política de tolerância zero a atos discriminatórios.

Este é o terceiro caso envolvendo manifestações racistas em jogos do Palmeiras em 2025. Nas duas ocorrências anteriores, os torcedores brasileiros foram vítimas de discriminação fora do país, em partidas contra Sporting Cristal, no Peru, e Cerro Porteño, no Paraguai, pela Libertadores Sub-20.