Fazendeiro é preso acusado de estelionato e lavagem de dinheiro em esquema de R$ 100 milhões
- porRedação
- 31 de Outubro / 2024
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| Créditos: Reprodução/Compre Rural
A Polícia Civil de Goiás deflagrou na última terça-feira (29/10) uma operação que cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Goiânia, Porangatu (GO) e Pindamonhangaba (SP). A ação visa desmantelar um esquema de fraudes imobiliárias e financeiras que teria causado prejuízos superiores a R$ 100 milhões a diversas vítimas, incluindo pessoas físicas e instituições financeiras.
As investigações tiveram início após um pecuarista registrar um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia Distrital de Goiânia, alegando ter sido vítima de estelionato na compra de uma fazenda em Porangatu. O comprador afirma ter quitado o valor integral do imóvel e adiantado recursos para o pagamento de dívidas, mas o vendedor, Thiago da Matta Fagundes, não teria cumprido com os acordos.
Segundo a polícia, Fagundes teria utilizado a mesma fazenda como garantia para obter novos empréstimos junto ao Sicoob, no valor de R$ 16 milhões, impedindo o registro da propriedade em nome do comprador. O pecuarista alega ainda ter sido impedido de acessar a fazenda, que estaria sob posse de pessoas armadas.
A Polícia Civil descobriu que Fagundes utilizava "laranjas" para firmar contratos e obter empréstimos, ocultando sua participação nas transações. O esquema teria movimentado cerca de R$ 100 milhões e lesado pelo menos cinco vítimas, além de diversos bancos e credores.
Entre as vítimas, está um produtor rural que teria vendido mil cabeças de gado a Fagundes pelo valor de R$ 5,7 milhões. O pagamento teria sido feito com cheques sem fundo, e o gado foi abatido sem que o produtor recebesse o valor acordado.
Durante a operação, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos, registros bancários e uma arma de fogo ilegal em posse de Fagundes, que foi preso em flagrante. Uma caminhonete também foi apreendida, e a polícia investiga a origem do veículo.
A Polícia Civil de Goiás solicita que outras vítimas de Thiago da Matta Fagundes entrem em contato com a 4ª Delegacia Distrital de Goiânia. As investigações continuam com o apoio do Grupo de Pronto Emprego (GPO), da Delegacia Regional de Porangatu e da Polícia Civil de São Paulo.