A proibição da pesca do dourado em Mato Grosso do Sul completa cinco anos em meio a controvérsias. Para analisar o impacto da medida, o Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) anunciou um estudo sobre a presença da espécie nos rios das Bacias Hidrográficas do Paraguai e do Paraná.

A iniciativa, que ainda não tem data de início definida, será realizada em parceria com pesquisadores do Bioparque Pantanal, UEMS, UFMS, UFGD e Embrapa, com possível colaboração da UEM. O objetivo é coletar dados sobre a abundância e distribuição do dourado, informações que subsidiarão políticas públicas de conservação e manejo sustentável da pesca na região.

A proibição, que se estende até março de 2025, foi motivada pela necessidade de proteger a espécie, mas a falta de dados científicos que comprovem a escassez do dourado gera questionamentos. Pescadores argumentam que a abundância do peixe afeta a pesca de outras espécies de interesse comercial.

Yzel Rondon Súarez, pesquisador da UEMS, destaca que o dourado, por ser um predador, naturalmente não é uma espécie abundante. Ele defende a ampliação da pesquisa para outras bacias e estados, a fim de obter uma visão mais completa sobre a situação da espécie.

O estudo também deve analisar o impacto do crescimento de reservatórios na população de dourados, considerando que a espécie precisa transitar entre planície e planalto para se reproduzir.

Enquanto a pesquisa não é concluída, a proibição da pesca do dourado poderá ser prorrogada.