Família denuncia juiz e desembargador ao CNJ após perder fazenda avaliada em R$ 9,4 milhões

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Uma família de Mato Grosso do Sul protocolou denúncia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra um juiz e um desembargador do Tribunal de Justiça do estado.  Eles alegam ter perdido uma fazenda avaliada em R$ 9,45 milhões em um negócio imobiliário fraudulento. O caso está sob análise do corregedor-nacional de Justiça, ministro Campbell Marques.

A denúncia foi feita por Eliseu, Daniel e Danielle Ujacov Nogueira contra o desembargador Marcos José de Brito Rodrigues e o juiz Ronaldo Gonçalves Onofri, de Camapuã.  A família alega que em 2019, firmou um contrato com a R2 Construtora e Incorporadora para a troca de sua fazenda por sete apartamentos em Santa Catarina.  No entanto,  a construtora  não cumpriu o acordo e os imóveis foram penhorados para quitar dívidas da empresa.

Mesmo sem receber os apartamentos, a família perdeu a posse da fazenda por decisão do juiz Onofri Gonçalves, que ainda os condenou a pagar  R$ 945 mil à construtora.  O desembargador  Marcos José de Brito Rodrigues manteve a decisão em segunda instância.

A família acusa os magistrados de ignorarem a insolvência da construtora e  de  "perpetrarem um verdadeiro estelionato".  O desembargador já é alvo de investigação da Polícia Federal por venda de sentença na Operação Ultima Ratio.  Até o momento, nem o juiz nem o desembargador se manifestaram sobre a denúncia no CNJ.

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