Ex-vereador Claudinho Serra e mais 13 viram réus por corrupção e lavagem de dinheiro em Sidrolândia
- porRedação
- 02 de Julho / 2025
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Vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o “Claudinho Serra” (PSDB) | Créditos: Foto: Izaías Medeiros/CMCG
O ex-vereador Claudinho Serra (PSDB), sua esposa, a médica Mariana Camilo de Almeida Serra, seu pai, Cláudio Jordão de Almeida Serra, e os donos das construtoras GC Obras e AR Pavimentação, Cleiton Nonato Correia e Edmilson Rosa, foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro. A ação integra a 4ª fase da Operação Tromper, que investiga desvios na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra, Cleiton Correia e o ex-assessor Carmo Name Júnior estão presos desde o dia 5 de março. Esta é a segunda denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o genro da ex-prefeita Vanda Camilo (PP).
O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, aceitou a denúncia e manteve o sigilo do processo. Pela primeira vez, Mariana Serra, filha da ex-prefeita, é formalmente acusada de participar do esquema liderado pelo marido.
Em seu despacho, o magistrado destacou que a denúncia apresenta elementos como movimentações bancárias, contas suspeitas e depoimentos que indicam a estrutura do suposto esquema criminoso.
Lista de réus
Os acusados respondem por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro:
Claudinho Serra
Carmo Name Júnior
Cláudio Jordão de Almeida Serra
Thiago Rodrigues Alves
Valdemir Santos Monção (Nanau)
Cleiton Nonato Correia
Edmilson Rosa
Jhorrara Souza Santos Name
Mariana Camilo de Almeida Serra
Jéssica Barbosa Lemes
Sandra Rui Jacques
Ueverton da Silva Macedo (Frescura)
Juliana Paula da Silva
Rafael Paula da Silva
Propinas e uso do dinheiro desviado
Segundo investigações, os empresários Cleiton Correia e Edmilson Rosa teriam acertado o pagamento de 3% de propina (cerca de R$ 500 mil) a Claudinho Serra em um contrato de pavimentação de R$ 17 milhões. O dinheiro também teria sido usado para custear despesas pessoais de Mariana Serra, incluindo uma festa infantil.
Apesar de Vanda Camilo ter rescindido contratos com nove empresas após as primeiras fases da operação, o acordo de pavimentação foi mantido. Cleiton Correia teria sacado R$ 2 milhões em espécie em 2023, com datas coincidindo com encontros com intermediários de Claudinho.
O ex-vereador chegou a ser preso em abril do ano passado, mas foi liberado pelo desembargador José Ale Ahmad Netto, do TJ-MS. Mesmo com tornozeleira eletrônica, ele teria continuado a operar o esquema.
A investigação segue em andamento, com possibilidade de novas denúncias.