Esquema de corrupção de Vereador da Capital foi revelado por vídeo de encontro com “Amante” que vincula empresários e ex-Pregoeira a Vereador do PSDB

| Créditos: Reprodução, Denúncia MPMS

Uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) revelou um esquema de corrupção envolvendo o empresário Ricardo José Rocamora, a ex-pregoeira de Sidrolândia, Ana Cláudia Alves Flores, e uma terceira pessoa identificada como a "amante" de Rocamora. Trocas de mensagens entre eles evidenciaram a maneira como o grupo operava, criando uma empresa para ganhar licitações fraudulentas.

De acordo com a denúncia do MPMS, o esquema, supostamente liderado pelo vereador Claudinho Serra (PSDB), teria manipulado o pregão eletrônico 19/2023, entre outros certames. Ana Cláudia, Rocamora e outra indivídua, Roberta de Souza, teriam estabelecido a empresa Do Carmo Comércio Varejista (CNPJ 44.770.503/0001-11), registrada em nome da mãe de Roberta e operada em sua residência.

Roberta, ex-servidora da Prefeitura de Sidrolândia, teria desempenhado funções na rodoviária da cidade. A empresa foi supostamente criada exclusivamente para viabilizar a vitória em licitações.

A troca de mensagens revelou que Ana Cláudia repassava informações privilegiadas para Rocamora, que por sua vez influenciava o direcionamento das licitações para o grupo criminoso. Em março de 2023, a empresa foi formalizada e Ana solicitou a Rocamora o pagamento de R$ 1,5 mil para custear um contador a fim de homologar a empresa.

Posteriormente, em 4 de abril, a empresa, agora regularizada, começou a ser utilizada em licitações. Ana Cláudia enviou documentos relacionados à empresa a Rocamora e informou sobre uma licitação para a compra de material didático para o município, orientando-o a usar a Do Carmo para obter vantagem indevida.

Além disso, Rocamora compartilhou um vídeo em tempo real com uma pessoa identificada como sua "amante", mostrando uma reunião entre empresários envolvidos no pregão.

Em outro desdobramento, duas empresas citadas na denúncia da terceira fase da Operação Tromper, apresentada em 17 de abril, foram reveladas como possuidoras de contratos milionários com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Os proprietários das empresas foram acusados de participar do esquema de fraudes em licitações, vencendo certames usados para desvio de recursos em Sidrolândia.

As empresas, situadas em Campo Grande, são CGS Construtora e Serviços Eireli (CNPJ 25.217.122/0001-65) e AR Pavimentação e Sinalização Eireli (CNPJ 28.660.716/0001-34), esta última operando em conjunto com GC Obras de Pavimentação Asfáltica (CNPJ 16.907.526/0001-90).

Durante a operação, os empresários Edmilson Rosa e Cleiton Nonato, identificados como proprietários da AR e GC, foram presos em flagrante, mas posteriormente liberados. A proprietária da CGS, Fernanda Regina Saltareli, também foi denunciada. As empresas mantiveram contratos com a Agesul enquanto estabeleciam acordos com a Prefeitura de Sidrolândia, suspeitos de irregularidades.

Com informações do Midiamax

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