Embrapa: Trabalhadores em greve por reajuste salarial
- porRedação
- 15 de Outubro / 2024
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Sede da Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária Oeste, em Dourados (MS) | Créditos: Embrapa-CPaO
Em todo o país, funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) cruzaram os braços nesta quarta-feira (16) em protesto contra a proposta de reajuste salarial de 2,58% oferecida pela empresa.
Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), a proposta não cobre as perdas salariais acumuladas desde 2018, que chegam a 16,24%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Os trabalhadores reivindicam também a implementação de medidas contra o assédio moral e sexual, proteção para gestantes e lactantes terceirizadas em ambientes insalubres e a concessão de créditos em publicações científicas para técnicos e assistentes.
Outro ponto de discordância é a negativa da empresa em conceder o Adicional de Escolaridade para Técnicos e Assistentes, como forma de reconhecer a qualificação profissional dos funcionários.
A Embrapa, por sua vez, afirma que a proposta apresentada na última rodada de negociação, em 26 de setembro, inclui a manutenção de conquistas e novos benefícios. A empresa ressalta ainda que o acordo em vigor será mantido até 31 de outubro e que, após essa data, na ausência de um novo acordo, serão aplicadas as normas previstas no Plano de Cargos e Salários da Embrapa (PCE), em contratos e em leis.
Enquanto o impasse persiste, os trabalhadores realizam manifestações em diversas unidades da Embrapa em todo o país. As ações incluem a distribuição de bananas e morangos em protesto, rodas de conversa e doação de sangue.