Desembargador investigado por venda de sentença ocultou R$ 1,7 milhão em compra de fazenda
- porRedação
- 31 de Outubro / 2024
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| Créditos: Reprodução TCE-MS
Em investigação sobre suposta venda de sentenças, Polícia Federal revela que desembargador aposentado Divoncir Schreiner Maran ocultou valor real em compra de fazenda de ex-presidente do TCE-MS, Waldir Neves.
A Polícia Federal (PF) descobriu que o desembargador aposentado Divoncir Schreiner Maran, investigado por suposta venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), declarou valor inferior ao real na compra de uma fazenda do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Waldir Neves Barbosa.
Segundo a PF, Divoncir e seus filhos adquiriram a propriedade por R$ 3,9 milhões, mas declararam apenas R$ 2,2 milhões às autoridades fiscais, ocultando R$ 1,7 milhão. A compra da fazenda em nome dos filhos do magistrado também levantou suspeitas.
Na mesma data, Divoncir e seus filhos venderam um apartamento em Campo Grande para Waldir Neves por R$ 1,9 milhão. A PF investiga se as transações imobiliárias foram usadas para lavar dinheiro proveniente da venda de sentenças.
Divoncir é um dos cinco desembargadores afastados do TJMS por suspeita de envolvimento no esquema. Waldir Neves também está afastado do TCE-MS desde dezembro de 2022, por suspeita de corrupção.
A PF pediu a prisão de 12 dos 26 investigados no esquema, incluindo os cinco desembargadores afastados, Waldir Neves e seu sobrinho, além de empresários e advogados.