O deputado federal Chiquinho Brazão, recentemente detido durante uma operação da Polícia Federal relacionada ao caso Marielle Franco, foi transferido para o Presídio Federal de Campo Grande nesta quarta-feira (27). A prisão de Brazão, irmão do também detido Domingos Brazão, ocorreu no contexto das investigações sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro e seu motorista Anderson Gomes em 2018.
Segundo informações divulgadas por O Antagonista, Domingos Brazão foi encaminhado para o Presídio de Porto Velho, em Rondônia, enquanto Chiquinho Brazão foi transferido para a penitenciária federal de Campo Grande. Por sua vez, o delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de envolvimento no crime, será detido em Brasília. As investigações apontam Chiquinho e seu irmão como mandantes do assassinato de Marielle, enquanto Rivaldo Barbosa é acusado de proteger os suspeitos.
Além do homicídio de Marielle Franco e seu motorista, o trio enfrenta acusações relacionadas à tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A operação, conduzida com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visa desmantelar não apenas os executores, mas também os possíveis autores intelectuais dos crimes, além de apurar delitos de organização criminosa e obstrução de justiça.
Enquanto isso, na terça-feira (26), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada Caroline de Toni (PL/SC), adiou a votação do pedido de prisão de Chiquinho Brazão. O relatório, elaborado pelo deputado Darci de Matos (PSD/SC), apontou fortes indícios de autoria dos crimes pelos quais Brazão é suspeito, destacando o flagrante configurado e endossando a decisão do ministro Alexandre de Moraes. O pedido de vista apresentado no início da sessão adiou a discussão e votação sobre a prisão do parlamentar.
