Uma criança de sete anos, residente em Dourados, sucumbiu à dengue após uma batalha que a levou por três unidades de saúde. A fatalidade, segundo investigações da Vigilância Epidemiológica, revela que a vítima não havia sido vacinada contra a doença. Este é o segundo óbito registrado devido à dengue na cidade em 2024, após a morte de um homem de 33 anos que também não se vacinou.

O pequeno, residente no bairro Vival dos Ipês, começou a apresentar sintomas em 19 de janeiro, com seu falecimento ocorrendo em 29 de janeiro, embora tenha sido divulgado apenas recentemente no boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Emerson Eduardo Correa, gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, explicou que a demora na confirmação do diagnóstico se deve ao processo de investigação que inclui análises laboratoriais e outros procedimentos. Esse trâmite leva aproximadamente dois meses até a confirmação.

Os sintomas da criança incluíam dores musculares, febre, vômitos e dor de garganta. Após o primeiro atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ele recebeu tratamento domiciliar com antibióticos. Entretanto, diante da falta de melhora, a família o encaminhou para a Cassems e posteriormente para o Hospital Universitário (HU), onde veio a falecer.

Dourados iniciou a imunização contra a dengue em 3 de janeiro, tornando-se pioneira na vacinação em massa para pessoas entre 4 e 59 anos. A cidade enfrenta uma média incidência da doença, com 366 casos prováveis em uma população média de 243.368 habitantes, totalizando 25 casos confirmados.

Em todo o estado do Mato Grosso do Sul, são 3.763 casos confirmados de dengue e 11.048 em investigação, com seis mortes confirmadas e 11 ainda sob investigação. A preocupação se estende a 44 municípios com alta incidência da doença, incluindo Mundo Novo, Itaquiraí, Japorã e Aral Moreira, que registraram recentemente um aumento nos casos confirmados.