Corumbá pode perder acesso a empréstimos devido a dívida com o FONPLATA

| Créditos: Redes Sociais / Facebook / Fábio Marchi

Corumbá, uma das principais cidades de Mato Grosso do Sul, enfrenta desafios financeiros decorrentes de dívidas e atrasos em empréstimos, sob a gestão de Marcelo Aguilar Iunes (PSDB). A administração municipal, envolvida em polêmicas sobre o aumento significativo da dívida pública durante o mandato de Iunes, agora confronta a possibilidade de restrições a empréstimos e financiamentos devido ao histórico de inadimplência.

Parcelas atrasadas de financiamentos junto ao FONPLATA têm preocupado as autoridades, com informações indicando que o Governo Federal precisou intervir para quitar débitos em atraso, totalizando aproximadamente R$ 15,1 milhões. Esta dívida, originalmente contratada em dólares americanos, pode chegar a R$ 250 milhões devido às variações cambiais.

A União, atuando como garantidora em operações de crédito de estados e municípios, exige o cumprimento de critérios estabelecidos pelo Tesouro Nacional. Em caso de inadimplência, o Tesouro assume as parcelas em atraso, arcando com juros e multas, enquanto inicia procedimentos de recuperação de crédito.

A dívida municipal de Corumbá aumentou consideravelmente nos últimos anos, atingindo cerca de R$ 209 milhões em 2022, um recorde histórico. Embora tenha diminuído em 2023, permanece próxima de R$ 200 milhões. A tentativa de obter um novo empréstimo de R$ 64 milhões junto à Caixa Econômica Federal foi frustrada pela Justiça, exacerbando a situação financeira já delicada.

A estratégia questionável de Marcelo Iunes de utilizar recursos descontados da folha de pagamento dos servidores municipais para outras finalidades, em vez de repassá-los ao FUNPREV, tem agravado a situação. Essas dívidas, vinculadas ao Fundo de Participação dos Municípios, comprometem ainda mais a capacidade da prefeitura de honrar compromissos e realizar novos investimentos, prejudicando o desenvolvimento local.

Diante desses desafios, a gestão municipal de Corumbá enfrenta um cenário financeiro complexo, com perspectivas incertas quanto à recuperação econômica e à sustentabilidade das finanças públicas.

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