Corregedoria conclui que não houve falha policial no caso Vanessa Ricarte

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Caso Vanessa Ricarte: Corregedoria isenta polícia de falhas, mas governo promete aperfeiçoar atendimento à mulher

A Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu a revisão do atendimento à jornalista Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo, Caio Cesar Nascimento Pereira, em 12 de fevereiro. A apuração, que será publicada no Diário Oficial na próxima semana, isenta a polícia de falhas nos dois atendimentos realizados na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande.

Após o crime, o Governo do Estado realizou um "pente-fino" em cerca de seis mil atendimentos da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e nomeou mais uma delegada e quatro escrivães para reforçar o quadro. Além disso, firmou convênio com a Prefeitura de Campo Grande para gestão compartilhada da Casa da Mulher Brasileira, visando aperfeiçoar o fluxo de atendimento e integrar os serviços de justiça, polícia e assistência psicossocial.

Detalhes do caso e críticas:

Vanessa Ricarte procurou a polícia para denunciar a divulgação de fotos íntimas por Caio e solicitar medida protetiva, mas não relatou a violência física sofrida. A medida protetiva foi concedida pela Justiça, mas a tentativa de intimação do agressor ocorreu apenas após o crime.

Em áudio enviado a uma amiga, Vanessa relatou frieza no atendimento e admitiu não se sentir em risco de vida. O Ministério das Mulheres criticou a falta de escolta policial para a jornalista.

Medidas adicionais:

O governo estadual anunciou que policiais militares auxiliarão na entrega de intimações de medidas protetivas, e a delegada responsável pelo inquérito descreveu o caso como um ciclo de violência doméstica. Caio Cesar Nascimento Pereira foi indiciado e denunciado por feminicídio, violência psicológica, cárcere privado e tentativa de homicídio.

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